Coronavírus: Novas recomendações da Diocese de Joinville
13.03.2020 - 18:34:34
Nesta sexta-feira (13), mais um caso de coronavírus foi confirmado em Santa Catarina e por isso, o número de pessoas infectadas pela doença subiu para três no estado. Agora, além dos pacientes que estão em recuperação em Florianópolis, uma pessoa recebe tratamento em Joinville. Por isso, a Prefeitura de Joinville vai lançar uma portaria ainda nesta sexta-feira orientando que pessoas com mais de 60 anos não participem de eventos com aglomeração de público. A medida visa preservar o público que apresenta maior risco de contaminação.
O terceiro paciente contaminado pelo coronavírus, mora em Joinville e é um homem de 57 anos. Ele está em quarentena domiciliar. O quadro clínico não é de gravidade. Ele teve histórico recente de viagens em países da África, Ásia e Europa e retornou ao Brasil no dia 6 de março. No dia 8 começou a apresentar sintomas de febre, dores de cabeça, garganta e pelo corpo. O paciente foi atendido primeiramente no Pronto Atendimento Norte, onde foi orientado a tomar as medidas de prevenção e teve o material coletado para exames.
O Regional Sul 4 da CNBB publicou uma nota com orientações para a realização de encontros, reuniões, Celebrações e Missas que devem ser observadas por paróquias, comunidades, pastorais e movimentos eclesiais. A Diocese de Joinville, que está em sintonia com órgãos de saúde, reafirma a importância dos fiéis seguirem as seguintes recomendações:
Prevenção: durante atividades e celebrações:
• Evitar o aperto de mãos na acolhida aos fiéis;
• Não dar as mãos durante a oração do Pai nosso;
• Omitir o abraço da paz;
• Distribuir a comunhão somente sob uma espécie, exclusivamente, na mão, garantindo que o fiel comungue diante do ministro;
• Os colaboradores que cuidam das ofertas, ao recolherem, utilize proteção, igualmente aos que tiverem algum contato com objetos de uso público nas celebrações;
• Higienizar as mãos, muitas vezes, com água e sabão ou álcool em gel; • Utilizar lenço descartável para higiene nasal;
• Proteger com lenços (preferencialmente descartáveis a cada uso) a boca e o nariz ao tossir ou espirrar;
• Evitar tocar olhos, nariz e boca e compartilhar objetos pessoais;
• Manter os ambientes ventilados e, por isso, portas e janelas de Igrejas ou espaços usados para reuniões e encontros fiquem abertas.
Você tem dúvidas sobre o assunto? A Agência Brasil preparou um material respondendo as principais perguntas. Leia:
O que é o novo coronavírus?
Coronavírus é uma família de vírus que pode causar danos em animais e em humanos. Em pessoas, pode resultar em infecções respiratórias que vão desde um resfriado até síndromes respiratórias agudas severas. O novo coronavírus (SARS-Cov-2) causa a doença denominada Covid-19, que teve início na China, em dezembro de 2019.
Quais são os sintomas?
Os sintomas do Covid-19 envolvem febre, cansaço e tosse seca. Parte dos pacientes pode apresentar dores, congestão nasal, coriza, tosse e diarreia. Alguns pacientes podem ser assintomáticos, ou seja, estarem infectados pelo vírus, mas não apresentarem sintomas. O Ministério da Saúde estima que os pacientes mais jovens são os mais passíveis de não apresentar qualquer sinal da doença.
Qual o período de incubação do vírus?
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a estimativa é que o período de incubação seja de 1 a 14 dias. Ou seja, o vírus teria esse tempo para se manifestar. O mais comum é a manifestação por volta de cinco dias. Mas há pessoas que não apresentam sintomas.
Quais são os maiores problemas e os públicos mais vulneráveis?
A OMS calcula que 1 em cada 6 pacientes pode ter um agravamento do quadro, com dificuldades respiratórias sérias. No início de março, a taxa de letalidade era de 3,5%. Mas o Ministério da Saúde suspeita que pode ser menor, em razão de haver subnotificação dos casos em alguns países. Os públicos mais vulneráveis são idosos e pessoas com doenças crônicas (diabetes, pressão alta e doenças cardiovasculares).
Como ocorre a transmissão?
O contágio ocorre a partir de pessoas infectadas. A doença pode se espalhar desde que alguém esteja a menos de 2 metros de distância de uma pessoa com a doença. A transmissão pode ocorrer por gotículas de saliva, espirro, tosse ou catarro, que podem ser repassados por toque ou aperto de mão, objetos ou superfícies contaminadas pelo infectado.
O novo coronavírus pode ser transmitido pelo ar?
O novo coronavírus não é transmitido pelo ar a menos que um indivíduo chegue próximo a um paciente infectado a ponto de as formas de contaminação serem possíveis.
É possível pegar o Covid-19 de alguém sem sintomas?
De acordo com a OMS, as chances são pequenas, pois o vírus é transmitido por saliva, espirro, tosse ou catarro, elementos mais presentes quando uma pessoa está com gripe.
Animais de estimação podem transmitir o novo coronavírus?
Não. Não há evidência de que animais de estimação como gatos e cachorros tenham sido infectados ou possam espalhar o vírus que causa a Covid-19.
Quanto tempo o vírus pode durar em uma superfície?
A OMS informa que não há um tempo determinado, podendo ser de algumas horas a alguns dias. Pode haver diferença também em razão de condições como a temperatura. Por isso, caso alguém suspeite da contaminação de uma superfície ou objeto, a orientação é aplicar desinfetante.
O uso de álcool gel para prevenção ao coronavírus é eficaz?
Sim. De acordo com o Conselho Federal de Química, o álcool gel é “eficiente desinfetante de superfícies/objetos e antisséptico para a pele”. O grau alcóolico recomendado para o efeito é de pelo menos 70%.
Preciso usar máscara para me proteger?
A máscara não tem efeito algum para pessoas sem o vírus. Ela deve ser utilizada por quem apresenta sintomas da doença, pois previne que alguém infectado espalhe o vírus e venha a contaminar outras pessoas. O uso também é recomendado para pessoas que tenham contato com indivíduos com suspeita ou confirmação do novo coronavírus. Máscaras também devem ser usadas por profissionais de saúde que atuem em locais com pacientes com suspeitas ou sintomas. Após o uso, a orientação é descartar a máscara em local adequado e lavar as mãos.
Existe tratamento para a doença?
Segundo a OMS, 80% das pessoas se recuperam sem precisar de tratamento especial. Não há uma medicação que elimine o vírus. Mas há tratamento para mitigar o avanço da doença e diminuir o desconforto.
Antibióticos ou vitamina D previnem ou curam o novo coronavírus?
Não. Antibióticos não atuam contra o vírus. Da mesma forma, não há evidências científicas que atestem qualquer impacto sobre o vírus de doses de vitamina D.
Voltei de uma viagem internacional e visitei um país com casos de coronavírus. O que preciso fazer?
Caso apresente sintomas, procure uma unidade de saúde e informe a situação para receber orientação médica. A recomendação do Ministério da Saúde é esperar pelo menos 14 dias para avaliar a evolução do quadro de saúde.
O álcool gel é mais eficiente do que lavar as mãos?
Segundo o Ministério da Saúde, o álcool gel tem a vantagem de não apenas higienizar as mãos, mas também objetos com o qual a pessoa teve contato. Isso é especialmente importante para objetos e superfícies compartilhadas por várias pessoas, como em locais de trabalho. Contudo, na higienização das mãos, o ato de lavá-las corretamente (por bastante tempo e de forma detalhada, entre os dedos e debaixo das unhas) é suficiente. A orientação do ministério é que esse procedimento ocorra diversas vezes ao dia. Quem desejar aplicar também o álcool gel ganha um reforço a mais na proteção, mas esta não é uma condição para a higienização das mãos.
Leia a carta do Regional Sul 4 da CNBB
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