Cremação: as orientações da Igreja Católica
02.11.2019

No Dia de Finados, milhares de pessoas vão aos cemitérios orar pelos seus entes queridos, que ali estão sepultados. É um dia também de celebrar a esperança na vida eterna. Muitos fiéis têm manifestado o desejo de que seu corpo, após a morte, seja reduzido a cinzas. Porém muitos familiares possuem dúvidas de como proceder ou de como a Igreja Católica lida com a questão da cremação.
A recomendação é de que seja mantido o costume de sepultar
os corpos dos falecidos, mas a cremação não é proibida, desde que essa escolha não
seja feita por razões contrárias à fé na ressurreição dos corpos. Conforme
orientações do Vaticano, as cinzas não devem ser mantidas em casa, nem mesmo
espalhas por jardins, rios, mares, etc. A Igreja recomenda que a urna com as
cinzas seja levada ao cemitério ou a um columbário (local especial para depósito de urnas, que geralmente fica nos cemitérios).
A coordenadora da Pastoral da Consolação e Esperança, Zenaide
Busarello, explica que os participantes na cremação devem ser levados a
refletir sobre o fogo ao qual se entrega o corpo. "Fogo esse que não é
símbolo de destruição, mas sinal do amor de Deus. Significa purificação do
irmão para que se alegre ao entrar na presença de Deus e encontre a plenitude
da vida eterna", comenta. Zenaide também esclarece que não importa se o corpo for sepultado ou
cremado, o fundamental é manter a fé na ressurreição e levar preces a Deus.
Para a coordenadora o Dia de Finados é o dia do amor, da
saudade e da oração: “Visitando nesse dia os túmulos dos nossos entes queridos,
estamos amando na terra os que já estão na eternidade. Os nossos falecidos
continuam vivendo entre nós, pois seus restos mortais repousam no cemitério e
sua recordação faz parte da nossa existência. É isto mesmo: amar alguém na
terra que já está nos braços do Pai”.