Diácono Juarez Silva: homem de vida de fé e comprometido com a comunidade

Com pesar, a Diocese de Joinville informa o falecimento do Diácono Juarez Silva.

Na tarde de segunda-feira, dia 21 de junho de 2021, faleceu o diácono Juarez Silva, aos 64 anos. Ele estava internado desde maio devido às complicações causadas pelo Covid-19.

Diácono Juarez era o segundo de quatro filhos de Maria Odete Silva e João Silva. Nasceu em Joinville no dia 5 de junho de 1957 e viveu sua infância e adolescência na localidade do Itapocu, município de Araquari. 

Após uma breve experiência no seminário diocesano, Juarez se afastou da Igreja e passou a ser um ”católico de fachada", como ele mesmo dizia. Passou anos tentando se afastar de Deus. Foi militar, pasteleiro e trabalhou de segurança na Hansen e na Consul. Casou-se com Mazilda Ferreira Silva em 11 de novembro de 1979. Não escondia que antes de sua conversão teve uma vida desregrada. 

Na década de 80 vieram os três filhos biológicos. No ano de 89 teve um experiência mística que o levou à conversão, na comunidade Nossa Senhora de Fátima, do bairro Itaum. Na década de 90 iniciaram as provações com dificuldade financeira após a tentativa de se estabelecer em Florianópolis. Houve dias em que Juarez e Maza faziam jejum para garantir comida na mesa dos filhos. 

Estabeleceram-se em Barra Velha no ano de 1992, onde Juarez abriu sua famosa pastelaria, que funcionou continuamente até 2008. Nesta cidade, Juarez atuou ativamente na comunidade como catequista, pregador, líder comunitário e conselheiro tutelar, até que um dia foi convidado pelo padre Fernando e por Dom Orlando Brandes para ser diácono permanente.

Foi ordenado diácono permanente no dia 8 de dezembro de 2002, mesmo ano em que o seu caçula, Emanoel, entrou para a família. Filho por adoção e seu companheiro de futebol. Exerceu seu ministério na Paróquia Divino Espírito Santo, em Barra Velha, até 2016. Mudou para cidade de Brusque e retornou em 2019 para a cidade de Araquari-SC, bairro Morro Grande. Atualmente exercia seu ministério diaconal na Paróquia São João Batista do município de São João do Itaperiú.

Sempre levou o diaconado permanente em seu significado mais profundo. Gostava de deixar claro que não era um acólito de luxo nem um enfeite de altar. Seu papel era o de Estevão, era ir aos pobres, levar a Palavra aos esquecidos e garantir que todos tivessem o pão de cada dia. Foi assim que atuou na cozinha comunitária, na assistência social do município e no atendimento aos pobres. Sempre orgulhoso de seus filhos, sofreu bastante quando Eduardo e Jean deixaram o seminário, mas logo seu coração se derreteu pelas noras a quem chamava de filhas.

As contínuas dores nos joelhos e na coluna foram dificultando seu cotidiano sempre dinâmico. A pandemia agravou sua depressão, debilitando ainda mais seu corpo. Em maio deste ano, Juarez foi contaminado com Covid-19 e no dia 21 do mesmo mês deu entrada na UTI. Segundo os médicos, lutou pela vida até o último segundo, vindo a falecer às 16h47, do dia 21 de junho.

Juarez será lembrado pelo temperamento forte, pela sinceridade, simpatia, carinho e alegria para com todos. A Diocese de Joinville agradece ao diácono Juarez por todos os anos em que dedicou seu tempo às obras de Deus e a toda comunidade. Nos unimos em oração com toda a família e amigos do Juarez.