Diocese de Joinville tem quatro novos diáconos transitórios

Jovens foram ordenados no domingo (23), na paróquia Senhor Bom Jesus

Os jovens Alexsandro Schneider, 31, Diego Afonso Ribeiro, 30, Jardel Laercio Rech, 26, e Paulo Cesar Segalla, 27 anos são agora diáconos da Diocese de Joinville. A Missa de ordenação foi na tarde de domingo (23), na Paróquia Senhor Bom Jesus, do bairro Aventureiro, em Joinville. A quantidade de pessoas dentro da igreja foi limitada, conforme determinam os órgãos de saúde devido à pandemia do novo coronavírus. Outras orientações como o distanciamento, uso de máscara e álcool gel também fizeram parte do protocolo da celebração. 

Minutos antes da Missa começar, um sentimento era compartilhado por todos os novos diáconos transitórios, eles levam este nome, porque esta é a primeira etapa do sacramento da ordem. No fim deste ano, devem ser ordenados sacerdotes. Os quatro jovens comentaram sobre a gratidão em estar à disposição da Igreja e do Senhor. 

Foi também sobre o que significa o diaconado que dom Francisco Carlos Bach, bispo da Diocese de Joinville, explicou como devem agir os jovens a partir de agora. “Enquanto servos, assim como Jesus Cristo foi o grande servidor do Pai e fez a vontade de seu Pai, da mesma forma, cabe a cada um deles colocar-se a serviço do Senhor, a serviço da sua Igreja. A missão deles é servir em tríplice contexto: da pregação da palavra, de estar a serviço do altar e da Eucaristia e da caridade”, afirmou o bispo.

Nos próximos meses, os diáconos permanecem com o trabalho junto às comunidades e seminário onde já atuam neste ano. A Missa de ordenação sacerdotal será no mês de dezembro. Depois disso, dom Francisco vai encaminhá-los para outras funções da Diocese de Joinville. 

“Seus olhos deverão estar sempre atentos em ter atitudes de misericórdia como o próprio Jesus teve. A preocupação pelo bem do próximo e de estar a serviço deve norteá-los não apenas nesse tempo de preparo ou espera pelo sacerdócio, como por toda a vida. O diaconado não é apenas o primeiro grau do sacramento da ordem, mas serão diáconos e servos por toda a vida”, aconselhou o bispo.  

Diego se sentiu, na tarde deste domingo, “amado por Deus, pelo povo e pela igreja”. Já o diácono Paulo afirmou que “o sentimento era de completude diante de tudo o que vivenciou”. Alexsandro disse não ter palavras para descrever, mas que estava “em paz e que a graça de Deus é sem limites” e Jardel relatou estar sentindo uma sensação singular. "É o que eu sempre esperava nesses dez anos de seminário e também de toda a infância. Uma alegria dar o selo da vocação”, concluiu. 

Conheça a trajetória de cada um dos diáconos

Alexsandro Schneider, 31 anos, é filho de Evaldino e Marli. Escolheu como lema de ordenação “Somos servos inúteis” (Lc 17, 10). Nasceu em Joinville e quando tinha 14 anos começou a refletir sobre a vocação. Pediu orientação ao pároco da Paróquia São Domingo Sávio que o orientou a participar das pastorais. Conheceu de perto a vida da Igreja trabalhando na catequese, pastoral do dízimo e também com os Grupos Bíblicos de Reflexão. Fez dois anos de estágio e entrou para o seminário diocesano, em Joinville. Após conhecer o Mosteiro da Ressurreição foi monge durante sete anos, período que Alexsandro considera de importante graça e crescimento. Depois disso, trabalhou como secretário em uma paróquia e retornou ao seminário diocesano.

Diego Afonso Ribeiro, 30 anos, é natural de União da Vitória, no Paraná, mas vive em Joinville desde os quatro anos de idade. Tem como lema de ordenação “Vossos servos por causa de Jesus” (2 Cor 4,5). Veio embora com a família, os pais Antônio e Ivani e mais sete irmãos. O jovem conta que não tem dúvidas que a fé é reflexo dos exemplos dos irmãos e dos pais que sempre estiveram envolvidos com o trabalho na igreja como catequista e liderança da Pastoral da Criança. Ele cursava Engenharia Química quando participar das Missas e ver o padre celebrando começaram a ter um sentido mais forte. Foi então que começou a questionar o que Deus queria dele. E percebeu que era um chamado para a vida sacerdotal. Para Diego, este é um ano para confiar ainda mais em Deus.

Jardel Laércio Rech, 26 anos, é natural de Jaraguá do Sul, filho de Marilene e Laércio. Tem como lema de ordenação “Fazei tudo o que Ele vos disser” (Jo 2,5) quando criança participava das Missas na Paróquia São Judas Tadeu. Aos sete anos, em uma das celebrações estava acompanhado da avó quando o padre lamentou a falta de coroinha. Foi assim que iniciou o trabalho na igreja. Nos fundos do terreno da avó, quando criança, improvisou uma capelinha e lá brincava de celebrar Missa. Ainda na adolescência se dedicou também como acólito, músico e a outras pastorais. Jardel entrou para o seminário em 2010.

Paulo Cesar Segalla, 27 anos, é natural de Joinville e a paróquia de origem é São Francisco de Assis, no bairro Espinheiros. O lema de ordenação é “Eu vim para servir” (Mc 10, 45). Filho de Ivanir Francisco e Irone Maria, ainda na infância, Paulo participava das Missas e gostava de imitar o padre, era uma admiração pela vocação. Porém, com o passar do tempo o jovem chegou a pensar em seguir a carreira militar, mas aos 14 anos já havia desistido desse desejo. Foi durante a oração do Terço, no grupo de oração, que Paulo teve um encontro com Deus e se sentiu amado e escolhido. A partir de então através das leituras e do Grupo Bíblico de Reflexão ele aprofundou a vivência na igreja. Logo depois foi convidado por um sacerdote para conhecer o seminário e assim iniciou a formação sacerdotal.