Grupo de Joinville participa do 15º Intereclesial das CEBs

Encontro aconteceu na Diocese de Rondonópolis/MT, de 18 a 22 de julho

De 18 a 22 de julho a Diocese de Rondonópolis/MT foi sede do 15º Intereclesial das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs). Aproximadamente 1500 pessoas de todos os regionais do Brasil e também representantes de outros países da América Latina se reuniram com o tema: Igreja em saída, na busca da vida plena para todos, e o lema: “vejam! Eu vou criar novo céu e nova terra” (Is 65,17ss). A Diocese de Joinville foi representada por oito pessoas: padre Dulcio, Silvelene, Fábio, Diego, Sonia, Conceição, Dulce e Edson. 

Foram cinco dias de muita reflexão, anúncio, denúncia e profecia a partir do método ver, julgar e agir. Encorajados pelo Papa Francisco, grande incentivador das CEBs, em todos os ambientes organizados foram realizados estudos e reflexões sobre as temáticas escolhidas previamente pelos participantes, também, juntos, rezaram a oração do ofício divino das comunidades, momentos de místicas, cantos, abraços e todos sempre com muita disposição a ouvir as mensagens de síntese, realizada pelos assessores.  

Embalados pela ciranda da vida e pela alegria do encontro, buscou-se ver a realidade que interpela: a violência, discriminação e situação da vida no Brasil, entre essas, a distribuição de renda e a desigualdade social. O desemprego, as condições de habitação, a crise econômica e a crise política, com todos os desmontes e ataques diretos a população, vivenciados nos últimos anos. 

Neste contexto, é preciso esperançar, a partir do Evangelho de Jesus e da palavra encarnada na vida do povo, temos as CEBs, Ekklesia alternativa de novos céus e nova terra, é possível viver a fraternidade, no diálogo, no amor e na esperança. CEBs, Igreja doméstica; CEBs, Igreja em saída na vivência da sinodalidade; CEBs e o cuidado com a casa comum; CEBs, na busca do bem viver e CEBs, na alegria do Evangelho, sinal de vida plena para todos. 

Desta forma, o agir das CEBs deve ser o cuidar: cuidar para não perdermos o entusiasmo, para não banalizarmos a missão, para que as CEBs sempre tenham o coração ardendo pela Palavra e os pés firmes na caminhada do povo periférico; cuidar dos grupos bíblicos de reflexão como sementes de novas comunidades; cuidar na memória martirial e profética, das estruturas de comunhão e participação, do protagonismo das mulheres e das juventudes, da vida plena dos povos originários, da aliança e parceria com os movimentos populares, da força da sinodalidade que está na comunidade e dos processos de formação permanente. E em tudo valorizar a força dos pobres nas inciativas comunitárias e não deixar que nos roubem as comunidades.