Nota de Falecimento: Monsenhor Helmuth Berkenbrock

O velório será na Paróquia Nossa Senhora Medianeira a partir das 18h deste sábado (19)

Com muito pesar, a Diocese de Joinville comunica o falecimento do Monsenhor Helmuth Berkenbrock, ocorrido na manhã deste dia 19 de novembro de 2022. O sacerdote tinha 86 anos e atualmente residia na região da Paróquia Nossa Senhora Medianeira, no bairro Vila Nova, onde exerceu sua última função como vigário paroquial.

O velório será realizado na Paróquia Nossa Senhora Medianeira, a partir das 18h. Às 19h de sábado e às 8h de domingo, horários normais de Missa na comunidade, as celebrações serão de corpo presente. Haverá uma terceira Missa, às 9h30 de domingo, com a celebração das exéquias, presidida por Dom Francisco Carlos Bach. Após, será realizado o cortejo até o Cemitério Municipal para sepultamento no mausoléu dos padres da diocese.

Aos padres que forem concelebrar a Missa das 9h30, os paramentos litúrgicos serão na cor roxa.

“Como poderei agradecer ao Senhor por tudo que ele me deu?”

Conheça um pouco da vida de monsenhor Helmuth, doada à Igreja durante 58 anos de sacerdócio. Em julho de 2022, a Diocese de Joinville fez alguns registros em vídeo com monsenhor Helmuth, em que ele conta sobre alguns momentos dessa vida à serviço da Igreja:

A biografia a seguir contém trechos do livro “Paróquia São José Operário: das origens ao jubileu de ouro”, escrito por Valdir Miguel Tromm.

O menino Helmuth descobriu sua vocação aos 12 anos e dedicou-se ao sacerdócio com amor à Igreja, à diocese e ao serviço pastoral. Nasceu no dia 25 de maio de 1936, em São Luís da Vargem do Cedro, no interior de Imaruí/SC. Filho de Virgílio Berkenbrock e de Magdalena Rech, é o primogênito de sete irmãos. Seu pai era primo irmão de Albertina Berkenbrock, beatificada em 2007 pelo Papa Bento XVI.

Aos seis anos, Helmuth mudou-se com a família para Presidente Getúlio/SC, no Alto Vale, e foi por lá que se decidiu na vocação: “Um belo dia, chegou em visita à capela de Nossa Senhora Aparecida, em Serra dos Índios, o padre Bernardo Fuechter . Fazia campanha em favor do Seminário Nossa Senhora de Salete e falava também da vocação sacerdotal. Papai mostrou uma foto do seminário e perguntou se eu queria ir para lá. Respondi que sim” .

No início do ano de 1950, caminhou mais de 50 quilômetros ao lado do pai que seguia a cavalo, para ingressar no Seminário Nossa Senhora de Salete, onde fez o ginásio. Cursou filosofia em Viamão/RS e em Curitiba/PR. Ao retornar para o seminário da diocese, que, então, havia mudado para Taió/SC, foi informado pelo reitor, padre Tito Buss, que Dom Gregório o queria cursando teologia em Roma. Assim, em 1960, embarcou para a Itália. Ficou no colégio Pio Brasileiro e fez a faculdade na Universidade Gregoriana de Roma.

Em entrevista ao Jornal Notícias do Dia , Monsenhor Helmuth deu detalhes sobre sua ordenação: “Dom Gregório estava em Roma, para o Concílio Vaticano II, e me avisou que a ordenação seria em Munique, na Alemanha, em agradecimento aos recursos que a Igreja alemã havia destinado à minha formação”. Foi ordenado no dia 22 de dezembro de 1963, na Catedral de São José e o, então seminarista Bertino Weber, que estudava na Suíça, compareceu na ordenação do amigo.

Sua primeira Missa foi na Igreja São Sebastião, na Westfália, Noroeste da Alemanha. Em 1964, o novo sacerdote voltava ao Brasil.

Monsenhor Helmuth foi o primeiro pároco da Paróquia Nossa Senhora Imaculada Conceição, no bairro Boa Vista, em Joinville. Depois, trabalhou 7 anos na Paróquia Santa Inês de Indaial/SC. Foi pároco também das paróquias Nossa Senhora de Fátima, do bairro Glória; Nossa Senhora Aparecida, em Blumenau/SC; Senhor Bom Jesus, em Guaramirim/SC; São José Operário, bairro Anita Garibaldi; Nossa Senhora do Caravaggio, no bairro Morro do Meio; e Nossa Senhora Medianeira, no bairro Vila Nova, em Joinville, onde permaneceu como vigário paroquial.

Entre outras atividades, Monsenhor Helmuth atuou na coordenação de pastorais da diocese, foi ecônomo diocesano e, em 9 de fevereiro de 1995, Dom Orlando Brandes o nomeou vigário geral da Diocese de Joinville.

Em reconhecimento pela sua dedicação, foi em 16 de abril de 1997 que recebeu, por indicação de Dom Orlando Brandes, o título de Monsenhor, assinado pelo Papa São João Paulo II.