Sacolas plásticas são transformadas em peças de artesanato
19.09.2019
Segundo o Ministério do Meio Ambiente, aproximadamente 1,5 milhão de sacolinhas plásticas são distribuídas por hora no Brasil. Um produto que interfere diretamente no meio ambiente seja pela morte de animais, poluição de mares e até mesmo em alagamentos de cidades. Apesar que muita gente reutiliza a sacola para o descarte de lixo, por exemplo, nos aterros esse material que tem característica de impermeabilidade, ou seja, retém a água, causa a impermeabilização do solo e dos depósitos de lixo, dificultando a biodegradação de resíduos orgânicos.
Como o Brasil está longe de seguir o exemplo de outros países que praticamente extinguiram as sacolinhas, caso da Irlanda, por exemplo que desde 2002 cobra por ela e com isso reduziu em 97% a utilização do produto, alternativas são encontradas para reaproveitar o material.
Na tarde desta quinta-feira (19), voluntárias das pastorais carcerária e da criança participaram de uma oficina para aprender a fazer artesanato em crochê com as sacolas. O grupo se reuniu na sala das pastorais, em Joinville. Primeiro as mulheres aprenderam como transformar a sacola em fio. Depois foram orientadas a como fazer os pontos de crochê que dão origem aos quadrados com aproximadamente dez centímetros de altura e largura. É esse material que costurado forma uma bolsa, tapete, toalhas de decoração.
A coordenadora diocesana da Pastoral da Criança, Carla Cardoso explicou que o aprendizado será compartilhado com outras lideranças da pastoral. “A gente quer que esse artesanato possa ser desenvolvido por mulheres que não conseguem trabalhar fora e que precisam complementar a renda”. Hoje, cerca de 3.800 crianças recebem atendimento nos municípios que pertencem à Diocese de Joinville.
Já a Pastoral Carcerária desenvolve formações de artesanato com tear e agora quer acrescentar a utilização das sacolas nessas atividades. “Por ano a gente faz aproximadamente 8 mil atendimentos pela pastoral. Em muitos casos são famílias que passam por necessidades após ter um parente que está no sistema prisional, outras pessoas que se sentem sozinha e fazem por tratamento para depressão. Por isso, o artesanato é uma forma também de complementar a renda e uma opção de atividade”, disse Arlete Haas que é agente administrativa da Pastoral Carcerária.
A professora Norma Sueli Murara Moraes foi quem compartilhou o aprendizado. Ela ressaltou que uma bolsa pode ser comercializada por 60 reais e deu algumas dicas para quem quer iniciar a produção. “É importante cortar a sacolinha com aproximadamente um centímetro para que os fios não fiquem muito frágeis. Além disso, deve-se usar sempre a mesma textura de plástico para que o trabalho fique dentro de um padrão de qualidade e harmonioso. Depois dos fios feitos é só seguir os pontos básicos do crochê”, concluiu.
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