Palavra do Bispo: A Eucaristia é a fonte de esperança
A esperança cristã se traduz por confiança absoluta no Senhor e na sua Palavra.
01.06.2020 - 13:53:48

Artigo de Dom Francisco Carlos Bach para o mês de junho de 2020.
Todos os anos a Páscoa retorna e a graça daquela noite única, em toda a história, se renova. Todos os anos se transmite a notícia da vitória sobre a morte em todas as igrejas, em todos os cantos da terra. Não obstante, diariamente, registram-se mortes, guerras, violência, injustiça, desonestidade, faltas de respeito à dignidade da pessoa humana.... Ainda há razão de se continuar a esperar, de se insistir em semear esperanças?
A resposta é SIM, pois nós, cristãos, cremos na Páscoa de Jesus de Nazaré, Filho de Deus feito homem, que por nós morreu, ressuscitou e consequentemente, não podemos não ser pessoas de esperança, para nós e para os outros. A esperança cristã se traduz por confiança absoluta no Senhor e na sua Palavra. O Senhor está conosco: “Eis que estarei convosco todos os dias, até o fim do mundo” (Mt 28,20).
Como testemunhas da ressurreição, retomamos constantemente a vida de Jesus, pois somos seus discípulos. No centro de sua missão salvífica encontramos a sua obra evangelizadora. Jesus não anuncia o Reino somente com as palavras, mas “com toda a sua presença e manifestação da sua pessoa, com palavras e obras, sinais e milagres e, sobretudo, com a sua morte e gloriosa ressurreição” (DV 4).
Está muito claro que nós, católicos, temos nossa missão e nossas responsabilidades específicas na história: ser testemunhas da esperança, ser testemunhas do Ressuscitado. O primeiro dever da Igreja é continuar a missão de Jesus, fazendo suas as palavras de São Paulo “Ai de mim se não pregar o evangelho” (1Cor 9,16).
Surge uma pergunta: Como poderemos ser testemunhas da ressurreição? Como levar a todos a esperança cristã que não decepciona? Neste mês de junho celebramos a solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo. A Eucaristia é a fonte da esperança, é a fonte da evangelização. Não conseguiremos ser evangelizadores se a Eucaristia não estiver presente em nossa vida.
A Eucaristia corresponsabiliza toda a Igreja e cada um dos cristãos não só no progresso pessoal de tornar-se cada vez mais semelhante ao modelo Jesus Cristo, mas também no assumir a obra evangelizadora. A Eucaristia é o estímulo da evangelização, porque não é apenas o centro, mas também a fonte que promove toda a obra evangelizadora no mundo contemporâneo (cfr. NMI 36).
A força evangelizadora da Eucaristia é tal que convida o cristão a um generoso empenho missionário que responda a cada situação. Na última ceia, Jesus nos disse: “Fazei isto em memória de mim” (Lc 22,19). Não podemos ignorar o seu convite para ser, como Ele, pão repartido e dividido, sangue que se derrama para a vida do mundo. De outro modo, sem tal empenho, a celebração Eucarística não pode ser plenamente “anúncio do Evangelho”, como sublinha São Paulo à comunidade de Corinto (cfr. 1 Cor 11,17-34).
Neste tempo de pandemia, que exige esperança e solidariedade, peçamos a intercessão de Maria, mãe de Jesus e nossa, e de nosso padroeiro São Francisco Xavier. Que o Senhor a todos abençoe.
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Fonte Dom Francisco Carlos Bach