Palavra do Bispo: A maior notícia da história
16.04.2020 - 14:17:13

Caríssimos Irmãos e Irmãs!
“Procurais Jesus, o nazareno, aquele que foi crucificado? Ele ressuscitou! Não está aqui! Vede o lugar onde o puseram! Mas ide, dizei a seus discípulos e a Pedro que ele vai à vossa frente para a Galileia. Lá o vereis, como ele vos disse” (Mc 16,6b-7). Estamos diante da maior notícia da história da humanidade, pois alguém que foi torturado, açoitado, coroado de espinhos e pregado à cruz, morrendo após três horas de agonia extrema, ressuscitou. Além de ser um fato extraordinário, adquire relevância ainda maior quando descobrimos a razão da sua imolação e ressurreição. Tais fatos nos interessam e muito!
Num primeiro momento nos detemos no Cordeiro imolado, recordando a Páscoa judaica, descrita no Antigo Testamento e a ordem de que, para se recordar da libertação do Egito, a cada ano dever-se-ia imolar um cordeiro (cf. Ex 12,1-14). Na Páscoa da Nova Aliança, Jesus Cristo é o Cordeiro Pascal que é imolado para a salvação do mundo. Não se trata mais de recordar uma libertação ocorrida no passado, mas de atualizar no hoje da história o sacrifício redentor que dá um novo sentido à vida da humanidade. Encontramo-nos diante do dinamismo profundo que é passar da morte do pecado para a vida nova da graça, graças à morte e ressurreição do Senhor.
Nos passos de nossa reflexão, constatamos que o Cordeiro imolado é o filho de Deus. O Jesus de Nazaré, além de verdadeiramente homem, é divino. Tendo presente o início do evangelho de São João, entendemos quem é Jesus Cristo: “E a Palavra se fez carne e veio morar entre nós. Nós vimos a sua glória, glória que recebe do seu Pai como filho único, cheio de graça e de verdade... de sua plenitude todos nós recebemos, graça por graça. Pois a Lei foi dada por meio de Moisés, a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo. Ninguém jamais viu a Deus; o Filho único, que é Deus e está na intimidade do Pai, foi quem o deu a conhecer” (Jo 1,14.16-18).
Como entender a ressurreição a partir da nossa fé? A ressurreição é o testemunho de Deus sobre Jesus Cristo. Deus o ressuscitou dos mortos, dando a todos uma prova irrefutável sobre sua vida e missão. Deus garante que Jesus de Nazaré era realmente quem dizia ser. A ressurreição é o sim de Deus à vida de Jesus Cristo.
Embora os textos evangélicos afirmem ulteriores reflexões das primeiras comunidades, já que foram escritos décadas após o fato histórico da ressurreição, contudo permanecem inalterados no elemento essencial: Cristo ressuscitou. E este é o fato que deu forças à Igreja no passado e, sem dúvida, a continuará sustentando no futuro. Fortalecer essa fé, alimentá-la e fazê-la resplandecer é a missão principal da Igreja. De onde conhecemos o amor eterno de Deus por nós e pela humanidade? Através de Jesus Cristo, o Filho de Deus.
Concluo esta reflexão com uma oração que encontramos na Missa em que os sagrados óleos para o Batismo e Unção dos Enfermos são abençoados e do Crisma consagrado: “Deus de bondade infinita, que, pela unção do Espírito Santo, constituístes o vosso Filho Unigênito Messias e Senhor, concedei-nos que, participando na sua consagração, sejamos no mundo testemunhas do seu Evangelho”. Meu caro leitor, a ordem de Jesus de contar que ele tinha ressuscitado, repassada às mulheres que foram rezar por ele no túmulo e não o encontraram, continua vigente a todo cristão: Jesus está vivo! Celebrar a Páscoa, cada ano, é proclamar a morte e a ressurreição do Senhor.
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Fonte Dom Francisco Carlos Bach