Palavra do Bispo: Vida consagrada, sinal de eternidade
03.08.2020 - 15:13:27

Artigo de Dom Francisco Carlos Bach.
O terceiro domingo do mês de agosto, tradicionalmente, é dedicado aos Religiosos. Neste contexto, entendemos todas as pessoas que, dentro de uma determinada Congregação, Instituto ou Ordem, emitem os seus votos de pobreza, obediência e castidade ou ainda, sem emitir os votos religiosos, buscam a finalidade apostólica própria da Companhia ou Sociedade religiosa. Querem, de modo mais exclusivo, seguir Jesus Cristo que se fez pobre, obediente e casto, concretizando o projeto do Pai na doação de sua vida pela humanidade. O religioso pessoalmente, pelo seu testemunho e ação pastoral, crê e aceita o projeto de Deus, contribuindo para a missão que a Igreja recebeu de Jesus Cristo, seu fundador, recordando-nos que de Deus viemos e para ele devemos retornar.
Deus sempre quis precisar de pessoas para levar seu plano amoroso avante. Lembremo-nos, por exemplo, de Maria, mãe de Jesus e nossa mãe. Deus pediu a ela que fosse colaboradora no mistério da Encarnação do Verbo. O sim de Maria foi um momento fundamental, pois com a encarnação de Jesus Cristo, a humanidade pode compreender o projeto divino de dirigir-se para a eternidade, pois "no sim de Maria está o sim de toda a humanidade", usando a expressão de São Roberto Belarmino. De modo inequívoco, a vida de cada religioso ou religiosa encontra em Maria o modelo de disponibilidade aos projetos do Senhor e ajuda-nos a entender que Deus nos quer junto dele, na eternidade.
Aceitar Maria como modelo leva o religioso a ter duas atitudes que se complementam. A primeira é apreender e guardar no seu coração o sentido profundo dos acontecimentos da própria vida e vocação. Maria, na Sagrada Escritura, aparece como uma mulher habituada a buscar no profundo de si mesma o significado dos fatos que lhe ocorriam. A segunda atitude é a descoberta de que também aos religiosos, de modo especial, Deus tem um projeto de vida oferecido pelo Espírito Santo. O religioso é fecundo enquanto colabora com o poder do Espírito Santo para que os desígnios de Deus se construam na história, pela cooperação da graça e do esforço humano.
O magistério da Igreja tem afirmado várias vezes que os consagrados e as consagradas têm a tarefa de serem testemunhas da transfiguradora presença de Deus em um mundo cada vez mais desorientado e confuso. Este testemunho se transforma em apostolado e serviço para todos os que dele necessitam. A vida das pessoas que professam os conselhos evangélicos é fundamental para recuperar a experiência do Deus que Jesus nos mostrou. O Papa emérito Bento XVI afirmou: “O Senhor quer homens e mulheres livres, que não estejam condicionados, capazes de abandonar tudo para encontrar só nele seu tudo... pertencer ao Senhor é a missão dos homens e mulheres que optaram por seguir Cristo casto, pobre e obediente, para que o mundo creia e se salve”.
O que impulsiona a vida religiosa é a sua consagração a Deus e a doação de suas vidas a serviço da humanidade, nas mais diferentes áreas. Quanto mais se deixam conformar com Cristo, tanto mais o tornam presente e operante na história. Sou grato aos religiosos presentes em nossa Diocese que realizam as mais diversas atividades. Parabéns, religiosos e religiosas. Obrigado pelas suas vidas de entrega incondicional ao Senhor Deus e de testemunho de que há vida eterna.
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Fonte Dom Francisco Carlos Bach
Fotógrafo Divulgação