Pastoral Indigenista visitou o Lar Betânia
Agentes da pastoral tiveram um momento de diálogo com os idosos do lar
05.05.2022 - 13:44:02
Na sexta-feira, dia 29 de abril, a Pastoral Indigenista aceitou o convite de participar de um diálogo sobre os indígenas e expor artesanatos no Lar Betânia. O acolhimento carinhoso de toda a equipe, a alegria de irmã Dorinha e a surpresa estampada no olhar de cada ancião que ali estava contagiou todos os membros da pastoral que estavam presentes na visita.
Para a surpresa de todos, uma das precursoras para a materialização do espaço que hoje é ocupado pelo lar, é a Irmã Lourdes Christ, também mentora da Pastoral Indigenista na Diocese de Joinville. Ela iniciou a apresentação fazendo uma breve contextualização da construção do prédio onde está situado o Lar, que surgiu primeiramente para acolher moças que vinham trabalhar na cidade na década de 60. Neste período, a Irmã trabalhava no prédio ao lado, no Lar Abdon Batista.
Vida, terra e cultura indígena, lema do banner da Pastoral Indigenista, nos remete ao Sínodo da Amazônia, onde o Papa Francisco afirma “o mundo deve respeitar as populações indígenas, deixando que eles planejem seu próprio futuro”. A conversa sobre a pastoral falou sobre a importância de defender todas as formas de vida, de respeitar as diferentes culturas, de defender a terra como elemento mais sagrado. “A mãe terra é que nos alimenta, nos dá a vida”, dizem os indígenas da América Latina.
Defender os povos originários é defender nossa própria sobrevivência. Houve comentários acolhidos com acenos de cabeça, de quem entende e concorda, e confirmados ao final com depoimentos de Irmã Dorinha e Maria de Lourdes, do grupo das idosas ali atendidas. Os comentários tocaram os corações dos membros da pastoral: “O índio está sofrendo. Eu rezo todos os dias pela Santa Igreja e pelo Papa Francisco, louvo e agradeço, porque ele está dedicando o amor pelo Brasil e pelos índios que estão sofrendo pela falta de amor”.
Após as breves considerações sobre a presença dos indígenas, Leonardo, que faz parte da equipe da pastoral, iniciou um canto em Guarani e, traduzido ao português, dedicado ao avozinho e à avozinha. O silêncio reinante, a beleza do canto e do violão, criou uma atmosfera “mágica” como bem expressou Irmã Dorinha no momento. O ritmo marcado com os pés no chão, o tamborilar dos dedos na mesa, o balanço do corpo e as palmas foram crescendo, e ao som dos maracás a os idosos já não estavam apenas assistindo, mas interagindo com absoluta entrega, numa aura de unidade. Assim é a cultura indígena, a música, o canto, o silêncio, unifica, integra, espiritualiza. E o som das muitas etnias se fizeram presentes naquele momento. Lembranças de experiências vividas nas mentes e nos corações dos presentes, a música contagia, libera, aproxima, em honra e reverência aos anciãos que ali estavam e aos ancestrais de todas as culturas que, de alguma forma, mesclam a cultura brasileira, nossa eterna gratidão.
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Fonte Assessoria de Comunicação